20040204

Pensamento Curiosamente Interessante

Semana passada um matemático, amigo meu do Rio, veio passear em São Paulo e ficamos batendo papo sobre diversos assuntos, inclusive matemática, uma área que gosto de estudar, o que me lembrou um quadrinho do Calvin onde ele diz ao Hobbes que matemática é como religião, tem que aceitar o que dizem e que ele, em sua condição de ateu deveria ser dispensado das aulas.
Hoje saí para visitar o Rigues, amigo meu de Curitiba que se mudou pra essa maravilhosa e estressada cidade essa semana.
Conversando sobre diversos assuntos (informática, tecnologia e programação inclusive) me veio um pensamento interessante.
Estávamos nós tomando um café no Fran's Café da Av. Aclimação e ao nosso lado um casal conversando, ela falando algo sobre meditação. Lembro-me que assisti a um bom tempo no programa do Jô (o que não é lá tão confiável) uma mulher falando sobre meditação.
Ao que vocês leitores (se é que há algum aqui além de mim mesmo) devem estar se perguntando o que isso tem a ver com matemática e programação, lhes digo já: Programar (bem) é um ato em que se deve entender e dissecar em pequenas partes, "entendíveis" a um computador, problemas do mundo real para que o computador possa resolvê-los. Sempre que programo tento esquecer todos os meus problemas me concentrando totalmente no problema em questão.
Aquela mulher do programa do Jô dizia que meditação era você se concentrar totalmente a ponto de não pensar em nada (coisa muito boa para religiões, pois assim fica fácil eles incutirem coisas na sua cabeça)... ainda bem que nunca cheguei a meditar, como me diziam para, nas missas e aulas de catequese/crisma (sim... fiz isso obrigado pelos meus familiares). Bem, ao programar, então eu não penso em nada e me concentro nos dogmas matemáticos, lógicos e linguísticos, necessários à Ciência da computação (minha área de atuação) e os tento seguir à risca.
Moral do Post: Programar (bem) é um ato de meditação da religião lógico-matemática.