20040220

Charlatães ou...

É curioso como muitas coisas, apesar de continuarem da mesma forma, passam a ser tratadas de maneira diferente quando passam por uma mudança de nomenclatura.
Veja, por exemplo, jogos de computador. Quando falamos em jogos de computador os mais puritanos já nos olham com aquele olhar desconfiado, rotulando-nos como nerds ou gamemaníacos, pessoas que vêem diversão numa máquina. Porém quando tratamos o mesmo tipo de produto (os jogos de computador) como Meio Eletrônico Interativo, o nome soa tão bem que até mesmo os mais puritanos gostam.
Agora, o mais interessante é o comportamento da sociedade perante esse tipo de atitude (o da mudança de nomenclatura). Por exemplo, eu lembro que assistia alguns episódios de Os Três Patetas, ou algum filme de velho oeste e via a clássica cena do vendedor com sua carruagem e seus produtos que faziam milagres (para todos os tipos). Esses, rotulados (e com razão) de charlatães foram considerados ilegais e, portanto, eram presos.
Analisem o "trabalho" dele e comparem com o de um tipo de "trabalhador" que temos hoje em dia:
- Diz que seu produto é o melhor que existe e que os outros são menos eficientes;
- Não desiste de te convencer a comprar até que você fale que volta logo ou que pensará o assunto (e ainda assim leva um cartão do indivíduo para não se esquecer;
- Tem sempre aquele sorriso "sincero" e aquele jeito "amigo" e sempre vem conversar com você como se você fosse um antigo conhecido ou um espectador de circo;
- Geralmente acaba te convencendo a comprar o produto à venda, o que te faz descobrir que comprou gato por lebre

Nada preciso dizer sobre a profissão atual a que me refiro, afinal, é trivial, porém hoje em dia é praticamente impossível se fazer a mesma coisa se você não for membro de um grupo seleto de profissionais do ramo e se você não tem um diploma de curso superior na área.
É, legalizaram esse tipo de crime e, ainda por cima montaram uma guilda e só entra nela quem fizer escola.
Estou até preocupado em colocar esse post., pois algo me indica que serei perseguido.

20040216

The freedom

"Secret hearts and sorry tales
Will never help love grow
Spread your wings my daunted soul
The time has come to go

I will not be hurried down
Or blackened by your lies
I must go and find my dream
And live in paradise "
(Uriah Heep - Paradise)

20040215

Impassividade ou Medo?

É comum vermos um amigo tomar decisões ou atitudes que certamente o levará para o "buraco" e, como amigos, tentamos de tudo para tirá-los desse "caminho".
Muitas vezes a pessoa não percebe as intenções e as considera como atenção ou "encheção de saco", o que, certamente, a fará se afundar ainda mais pois se ele parar com as atitudes perde a atenção e se ele considerar "encheção de saco", provavelmente perderá um amigo.
Teoricamente o mais útil a se fazer é abrir o jogo e jogar na cara a situação, porém os resultados podem ser mais que desastrosos.
Muitas pessoas tomam uma atitude de impassividade para com os amigos em dificuldades justamente para não perderem a amizade.
Enquanto essa Sociedade continuar seguindo essa filosofia ela, por si só, estará indo para o buraco.

20040212

And Death Shall come, to a New Life

Aquilo que me empalava, retirei.
Alguns sabem do que falo, porém algumas coisas acontecem de maneira interessante.
Descobrimos muito através das mensagens nas entrelinhas, mas percebemos, geralmente, tarde demais.
Algumas vezes os gatilhos nos avisam a tempo e é por isso que gosto de ouvir Uriah Heep. As letras dessa banda sempre clareiam minhas idéias e ideais e, curiosamente, muitas vezes me alertam.
Segue, então uma música e o trecho inicial da música seguinte do não tão excelente disco Abominog, dessa excelente banda.


That's the way that it is:


I’ve been thinking about
What you said last night
And for all your fine words
You still don’t have it right
‘Cause that’s the way that it is
And you won’t ever change
You can scream at me
But the powers that be
Won’t ever hear your voice
‘Cause they’re lost
In their own importance
No, they’ll never hear your voice
‘Cause that’s the way that it is
And you won’t ever change it
I’ve heard all your stories
Of how the few can be strong
And how you’ll fight to the end
Just to prove me wrong
‘Cause that’s the way that you are
And you won’t ever change it
But don’t come cryin’ to me
If your fanciful schemes
Don’t turn out like you planned
‘Cause you’re chasin’ after something
That keeps slippin’ through your hand
That’s the way that it is
And you won’t change it

The Prisioner
Time has come to say goodbye
To the broken memories
They’re locked inside like prisoners
In a place that no-one sees
Stayed up late with a friend of mine
Southern Comfort till dawn
We talked about the pains of love
Should’ve known from
The start you were wrong

20040204

Lembrei!!!

Lembrei porquê não lembrava de nada das minhas baladas de juventude na pequena cidade de Novo Horizonte - SP.
Hoje, voltando do almoço, conversávamos sobre as regionalidades brasileiras relacionando a postura de cada uma frente ao trabalho.
Obviamente quando se trata de um assunto como esse não se pode deixar de falar de um certo estado do Brasil, famooooooooooosoooo porque o poviiiim num gooooosta de trabalhar. E isso lembrou meu amigo de uma viagem que ele fez a Porto Seguro.
Disse a ele que fui a Porto Seguro em 88, antes de ele ficar turisticamente famoso e que lá não tinha nada (tá, tinha... mas comparado com hoje, que ainda não conheço, não tinha) e ele me disse que foi justamente na época pop, justamente quando estourou o (pseudo) estilo de (pseudo) música AXÉ.
Lembro-me que meus pais foram pra lá nessa época também e voltaram dizendo que eu ia adorar, que tinha bebidas e coisa e tal e que ninguém conseguia ficar parado.
Problema: Eu já tinha Heavy Metal e Rock & Roll correndo solto (e tirando Racha) nas minhas veias, o que me fazia sentir nojo só dos comentários deles, justamente porquê Porto Seguro era motivo para relacionar com AXÉ Music.
Obviamente, Novo Horizonte, sendo pequena, não tocaria, jamais, Rock & Roll (quanto mais Heavy Metal) nas festas (bailes ou danceterias) em que eu e minha galera (do mal... de verdade) íamos.
Enquanto a galerinha já chegava chapada (não de álcool...) eu tinha que me embriagar o mais rápido possível para não ser acometido de uma crise psicótico suicida (ou maníaca psicótica, também serve, mas aí ao invés de eu matar eu mesmo eu matava todo o resto).
Ou seja, eu lembrei que eu não lembrava de nada na minha adolescência porque eu sempre estava bêbado nas festas. Mas era pro bem geral da nação.
Ah, isso ainda ocorre até hoje, mas hoje eu já ouço MPB (de qualidade), Música Erudita, Jazz e Blues e, obviamente, Rock & Roll e Heavy Metal, que ainda tiram rachas nas minhas veias às vezes atropelando os outros estilos.
É isso aê.
E viva os BNFH (Bastards NerdBangers From Hell)

Pensamento Curiosamente Interessante

Semana passada um matemático, amigo meu do Rio, veio passear em São Paulo e ficamos batendo papo sobre diversos assuntos, inclusive matemática, uma área que gosto de estudar, o que me lembrou um quadrinho do Calvin onde ele diz ao Hobbes que matemática é como religião, tem que aceitar o que dizem e que ele, em sua condição de ateu deveria ser dispensado das aulas.
Hoje saí para visitar o Rigues, amigo meu de Curitiba que se mudou pra essa maravilhosa e estressada cidade essa semana.
Conversando sobre diversos assuntos (informática, tecnologia e programação inclusive) me veio um pensamento interessante.
Estávamos nós tomando um café no Fran's Café da Av. Aclimação e ao nosso lado um casal conversando, ela falando algo sobre meditação. Lembro-me que assisti a um bom tempo no programa do Jô (o que não é lá tão confiável) uma mulher falando sobre meditação.
Ao que vocês leitores (se é que há algum aqui além de mim mesmo) devem estar se perguntando o que isso tem a ver com matemática e programação, lhes digo já: Programar (bem) é um ato em que se deve entender e dissecar em pequenas partes, "entendíveis" a um computador, problemas do mundo real para que o computador possa resolvê-los. Sempre que programo tento esquecer todos os meus problemas me concentrando totalmente no problema em questão.
Aquela mulher do programa do Jô dizia que meditação era você se concentrar totalmente a ponto de não pensar em nada (coisa muito boa para religiões, pois assim fica fácil eles incutirem coisas na sua cabeça)... ainda bem que nunca cheguei a meditar, como me diziam para, nas missas e aulas de catequese/crisma (sim... fiz isso obrigado pelos meus familiares). Bem, ao programar, então eu não penso em nada e me concentro nos dogmas matemáticos, lógicos e linguísticos, necessários à Ciência da computação (minha área de atuação) e os tento seguir à risca.
Moral do Post: Programar (bem) é um ato de meditação da religião lógico-matemática.

20040201

A New Life (with fun)

Depois de muito tempo volto a postar.
Estou sem muito tempo pra escrever. Tenho que pensar no projeto de doutorado, arrumar papelada pra abrir uma empresa e o novo trampo tá pegando.
Sexta fomos a um buteco num pusta nerdcontro (Encontro de Nerds) e, ao contrário do que muitos pensam, não rolou papo de computadores, RPG's ou Sci-Fi, mas muita (e põe muita nisso) cerveja (e uma dose de absinto pra mim). Tá a gente sempre fala um pouquinho de computadores, projetos e coisa e tal, mas foi mais os brothers e sisters se reunindo e trocando papo furado (e tomando todas também, afinal, não somos besta)
Ontem (sábado) fomos Jumpi, Psych0byte, Guilherme e eu num pub Rock & Roll aqui de SP. Antes de entrarmos ficamos tomando cerveja num boteco na frente do local, trocando papo sobre bandas de R&R e Metal e sobre estilos de músicas e gostos.
O Local é legal e, de acordo com o Jumpi, a banda que tocou lá era a melhor (e ela não toca sempre).
Bem, no meio dos papos surgiu um novo termo: NerdBangers From Hell: Nerds que Bangueiam (balançam a cabeça quando ouvem som pesado) e curtem bagaray um som pesado... tamos aí BNFH (Bastards Nerdbangers From Hell)... é nóis