Boas notí­cias em um dia...

Estava cá eu, sem conseguir dormir por hoje ser um dia meio chato pra mim (e não aborrece-los-ei com o motivo),
após ter lido e-mails, conversado com o pessoal Rox do #Slackware-BR, analisado um código fonte extremamente Tosko
(o cara que codificou deveria ser linchado) de um joguinho que me foi passado por uma amiga e, já sem muita motivação
de fazer algo, jogando um pouco de Freecell, um jogo parecido com Paciência mas que depende unicamente do raciocínio e nada da
sorte, tomando minha caneca cheia de café quando um amigo me passa um link pelo ICQ:

http://info.ucsal.br/index.php?link=noticias&cod=142
Ok... vou eu ler o artigo (meio longo)... e o título:

"Projeto de lei regulamenta profissões na área de informática"



Lá vai eu pensar: Pronto... estão querendo DE NOVO regulamentar a profissão de informática...
Essa hstória começou em Pernambuco, se não me engano, com o CREA exigindo que quem trabalhasse na área de informática
fosse cadastrado no CREA.
Bem... a UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) entrou com recurso e conseguiu uma liminar para retirar essa exigência.
Durante a leitura do referido artigo percebi que era o contrário, era sobre a aprovação da NÃO regulamentação das profissões na área de informática,
o que me deixou muito feliz... :1)
Antes que vocês pensem que fiquei contente porque não tenho diploma e poderei trabalhar sossegado vou logo avisando, terminei meu mestrado em Ciência da
Computação na área de Computação Gráfica na UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e com bacharelado na mesma área na UFU (Universidade Federal de Uberlândia).
Alguns podem estar se perguntando: "Por que raios ele está contente se qualquer um poderá "tomar" seu emprego?!"
Bem, eis minha explicação:

O que vem a ser um programa de computador:
Um programa de computador é um conjunto de rotinas básicas organizadas de tal forma a realizar uma tarefa;
Essas rotinas básicas podem ser consideradas como sendo um texto que o computador lê, interpreta e fornece um resultado;
Um texto é uma das formas de manifestação da criatividade de um indivíduo. Se o indivíduo souber como escrevê-lo e para quem, ele tem total e completa liberdade de fazê-lo. No caso de um software, ele deve saber como escrever para que um computador possa "ler".
Um escritor de literatura de cordel tem seu público alvo, assim como teve Chales Dickens, Mark Twain, Álvares de Azevedo...
Da mesma forma ocorre na Música, que, no Brasil, por muito tempo exigiu obrigatoriedade de filiação; à OMB (Ordem dos Músicos do Brasil), ou seja, o compositor podia ser um Mozart, mas se não fosse filiado à OMB, nada podia fazer; já um funkeiro, filiado, teria total liberdade.
Bem, e como ficaria os profissionais da área de informática concorrendo com os de outras áreas?
Como o próprio texto diz, caberia à instituição contratante a avaliação...
Atualmente conheço muita gente de outras áreas, inclusive da área de Humanas, que programa muito melhor que muito graduado em Ciência da Computação...
à vezes melhor até que muitos mestres da área...
Então se você for da área de informática e está insatisfeito com essa "NÃO regulamentação", minha sugestão é, com todo o devido respeito:
CRIE VERGONHA NA CARA E FAÇA UM BOM CURSO, APROVEITE O QUE ELE TEM A OFERECER E APRENDA, mesmo que a sua universidade não seja a melhor... quem faz o curso é o aluno, não a instituição, apesar dela influenciar um pouco.
E se você é responsável pela seleção de funcionários em uma empresa: Contrate apenas pessoas capacitadas, ou o preço poderá sair mais caro que vocês esperavam. Como saber quem é capacitado? contrate alguém para isso... um professor de universidade pode muito bem fazer o serviço.

É isso aí pessoal, vamos todos programar... a liberdade para a criatividade existe e sempre deve existir.